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Profissional de Enfermagem do Pará emite primeira carteira de identidade profissional com o nome social

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28.02.2020

Essa é a conquista de um direito e é fruto de uma construção contínua na luta contra o preconceito

O Coren-PA colocou em prática um importante passo rumo ao reconhecimento dos direitos de travestis e transexuais. Pela primeira vez no estado do Pará, um técnico de enfermagem trans foi autorizado a utilizar o nome social no registro.

Riely Melo, 30, é a primeira pessoa trans, no Pará, a mudar o nome no registro de profissional de Enfermagem. A Técnica de Enfermagem realizou a emissão do documento no último dia 20, na sede do conselho, em Belém.

“Quando fiz meu registro e vi meu nome na carteira, minha real identidade, o modo que sempre quis ser chamada me fez sentir satisfeita, acolhida e muito feliz”, comemora.

A paixão pela profissão começou na juventude quando Riely veio para capital Belém à procura de oportunidades de emprego para custear o curso de Enfermagem. Riely faz parte da equipe de Enfermagem em um
hospital na capital paraense. “Atualmente eu atuo em uma equipe que realiza procedimentos em uma maternidade da capital. “Minha função é instrumentadora cirúrgica onde eu arrumo a sala, preparo a mesa e auxilio o cirurgião passando o instrumental, e, após a cirurgia, faço a contagem dos instrumentais utilizados na mesma”, conclui.

“Reconhecer esse direito é um grande avanço para garantir tranquilidade ao exercício profissional e dignificar a pessoa trans”, destaca Danielle Cruz, Presidente do Coren-PA.

A possibilidade do uso do nome social é assegurada, por meio da Resolução Cofen n° 537/2017 aos profissionais da enfermagem travestis e transexuais em seus registros, carteiras, sistemas documentos emitidos pelo Coren-PA. O Decreto n° 8.727/2016, garante o direito do nome social e reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública, federal direta, autarquia.

 

 

 

 

Fonte: ASCOM/COREN-PA