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I Encontro Estadual de Enfermeiros Obstetras e Neonatal reúne mais de 400 profissionais em Belém


03.09.2016

Mais de 400 profissionais de enfermagem participaram do I Encontro Estadual de Enfermeiros Obstetras e Neonatal, que encerrou na última sexta-feira, dia 2, no Hotel Sagres, em Belém. O número de inscritos surpreendeu a Associação Brasileira Associação Brasileira de Enfermeiros Obstetras/Secção-Pará (ABENFO/PA), que organizou o evento, com o apoio do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e Conselho Regional de Enfermagem do Pará (COREN/PA).

O tema central do encontro foi o número alarmante de cesarianas em todo país. Situação que preocupa os profissionais de enfermagem, principalmente os que atuam na área de obstetrícia e neonatal.

Dados do Ministério da Saúde apontam que a cesariana já é a principal via de nascimento do Brasil, chegando a 55% dos partos realizados no geral e a 84,6% na rede privada. No sistema público, a taxa é de 40%, mas ainda é considerada muito alta pelas autoridades de saúde.
No Pará foram realizadas mais de 35 mil cesarianas no ano passado, incluindo as cirurgias feitas na rede privada e pelo Sistema Único de Saúde. De acordo com Sistema de Informações dos Nascidos Vivos do DATASUS (Sisnac), em 2014, o número de cesarianas no Estado (51,88%) superou os partos normais (47,89%).

Segundo o presidente da ABENFO/ Seccão Pará, Horácio Bastos, os profissionais puderam conhecer as novas práticas que vem sendo adotadas no atendimento as mulheres grávidas desde o pré-natael até o pós-parto. “ A mortalidade materna e infantil ainda é muito grande no Pará, apesar de termos reduzido 8% nos últimos anos, mas a nossa meta é chegar a 15%”, disse ele.

Ainda de acordo com Horácio, as mortes são causadas por problemas como o pré-natal mal feito, pressão alta, diabete e sífilis não tratadas, além de procedimentos inadequados na hora do parto. “ Tudo isso pode ser evitado com a prevenção e assistência correta”, disse ele.

Para a Coordenadora da Comissão de Saúde da Mulher do Coren/PA, o encontro serviu para conscientizar os profissionais que eles tem um papel muito importante dentro da equipe multidisciplinar que atende as mulheres grávidas.
“ É preciso dar um atendimento mais humanizado para as gestantes, respeitando a decisão daquelas que optam pelo parto natural. Todos nós profissionais de saúde podemos ajudar a conscientizar a mulher desde o pré-natal, levar todo conhecimento para essa mulher e informações para que ela tome a decisão sobre como quer parir “, disse Lisanete.

Ainda segundo ela, a cesária só deve ser indicada somente quando a mulher não poder ter parto normal. “ As mulheres grávidas devem ser informadas que as dores do parto natural são normais e que já existem diversas técnicas que podem ser trabalhadas para diminuir essa dor. Elas não podem ser pressionadas a fazer uma cirurgia cesariana”, conclui.

Texto e fotos: Christian Emanoel/ assessor de imprensa do Coren/PA

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