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Movimento Saúde Sustentável participou de debate sobre Governança Intercultural em Saúde na COP30


18.11.2025

O Movimento Saúde Sustentável: da Amazônia para o Mundo, iniciativa do Coren-PA, participou no dia 18 de novembro de uma discussão sobre Governança Intercultural em Saúde, realizada na Green Zone da COP30. O debate foi promovido pelo Ministério da Saúde e reuniu lideranças da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), que apresentaram um panorama atualizado da saúde indígena no Brasil.

A atividade contou com a presença de representantes da Enfermagem e de movimentos indígenas. Participaram a conselheira federal do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Ludimila Cunha; as enfermeiras Clara Opoxina e Waldemira Fonseca, ambas da Câmara Técnica dos Povos Originários do Cofen; o presidente da Abenfo-PA, Horácio Bastos; e a conselheira do Coren-PA, Márcia Simão.

Durante o debate, Ludimila Cunha destacou a importância da atuação qualificada da Enfermagem na saúde indígena, reforçando o papel estratégico da categoria na promoção do cuidado e na defesa dos direitos dos povos originários.

Reflexões sobre o futuro da saúde indígena

O encontro abordou temas como tecnologias de cuidado de corpos-território, saberes indígenas e múltiplas saúdes, além do lançamento do Programa Nacional de Medicinas Indígenas (PRONAMI) e da Política Nacional para Povos Isolados e de Recente Contato (PNSPIIRC).

Em sua apresentação, a diretora da SESAI, Putira Sacuenda, chamou atenção para a ausência de discussões sobre saúde indígena na formação profissional no Brasil. “Não temos nas universidades um olhar específico para a saúde indígena em todos os cursos da área da saúde. É essencial mudar esse cenário e formar profissionais que conheçam os territórios. Não basta falar de interculturalidade, é preciso domínio técnico”, ressaltou.

Putira também relacionou diretamente a crise climática aos impactos sobre os povos tradicionais. “O maior impacto das mudanças climáticas está na saúde, especialmente para povos da floresta — quilombolas, indígenas e ribeirinhos. Não dá para desvincular saúde, educação e território sem reconhecer a territorialidade dos povos indígenas”, afirmou.

Ela destacou ainda a relevância do Movimento Saúde Sustentável: “Os principais profissionais de saúde nos territórios indígenas são da Enfermagem. A sustentabilidade dos territórios está diretamente ligada ao trabalho dessa categoria. Queremos estar junto do movimento para ampliar esse debate”.

Enfermagem nos territórios indígenas
Ao final do evento, a Enfermeira Clara Opoxina afirmou sair fortalecida pela troca de experiências. “Volto fortalecida enquanto pessoa e profissional que atua em um território constantemente ameaçado. Coloco meu corpo, coração e alma na luta junto ao povo Yanomami. Estar aqui com tantos que dedicam suas vidas à causa nos encoraja a seguir defendendo os povos indígenas”, declarou.

A Enfermeira Waldemira Fonseca também destacou a importância da presença da Enfermagem no debate climático. “Viemos para a COP30 conscientes da importância dessas discussões. O indígena está no centro da preservação ambiental e a Enfermagem precisa garantir segurança e cuidado dentro dos territórios, respeitando seus modos de vida. A COP30 reforçou isso e trouxe resultados positivos”, afirmou.

Ascom/Coren-PA

 

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