Saúde inovadora: Enfermeira fala sobre novos caminhos da profissão com o empreendedorismo

Atendimentos personalizados, produtos e outros serviços da saúde ganham cada vez mais força na área dos negócios

14.03.2024

O empreendedorismo é uma realidade na vida de muitos brasileiros. De acordo com o relatório de 2022 da Global Entrepreneurship Monitor, realizado pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), 67% da população do Brasil está envolvida de alguma forma com algum negócio. Na prática, isso representa 93 milhões de brasileiros. Na área da saúde, não é diferente: cada vez mais profissionais enxergam neste ramo uma oportunidade de investir em novos negócios e ideias.

Desde o século XVII, o empreendedorismo teve várias transformações para se adaptar às novas realidades do mercado. No entanto, um significado frequentemente relacionado a ele era o de “dar início a algo, assumindo riscos”. Independentemente de local ou período, esta palavra esteve associada à inovação e aos negócios. Na enfermagem, o princípio inovador se mantém.

Segundo Ludmila Cunha, enfermeira e empreendedora do “Grupo Acolher & Cuidar”, os profissionais de enfermagem podem ser empreendedores em qualquer local de atuação. “A enfermagem pode empreender em diversas áreas, afinal são muitas especialidades, agrupadas em três áreas: assistenciais, de gestão e ensino e pesquisa, previstas na resolução Cofen 581/2018. A dica principal é: empreenda em áreas em que você detenha especialização e experiência, e realize uma pesquisa de mercado para saber se o que você faz de melhor é necessário, desejável e atende a uma dor das pessoas”, explica.

O Grupo Acolher & Cuidar, do qual Ludmila faz parte, é um exemplo positivo de como a enfermagem empreendedora tem transformado a vida de muitas pessoas e trabalhadores. Presentes em vários estados do Brasil, essa rede de atendimento fornece aos seus usuários o melhor do atendimento domiciliar, em ocorrências de pequena a alta complexidade. O atendimento médico é feito na casa do cliente, de forma humanizada, possibilitando uma recuperação rápida e prática no próprio domicílio do paciente.

“É claro que dentro do empreendedorismo de enfermagem é necessário observar as normas específicas, de acordo com as especializações e regulamentações do Conselho Federal de Enfermagem. Se você seguir esses protocolos, muitas oportunidades e ideias podem surgir. Tratamento de lesões, consultas, consultorias, administração de injetáveis e vacinas, produção e comercialização de produtos, treinamentos e capacitações. Tudo é possível, mas é necessário que o profissional tenha a capacitação técnica, científica e legal para empreender”, comenta a profissional.

Para além da inovação da enfermagem e a abertura de um novo negócio, Ludmila ressalta que o empreendedorismo vai além de criar novos projetos e encontrar novas formas de sustento financeiro. “Empreender é enxergar e aproveitar oportunidades para gerar valor para as pessoas, suprindo necessidades e transformando vidas, e podemos dizer que a enfermagem já realiza isso nos mais diversos ambientes de trabalho. Para quem já empreende na área de negócios de enfermagem, procure conectar o seu negócio ao contexto do empreendedorismo social e ambiental e dessa forma se conectar com o ecossistema de inovação e da COP 30. O empreendedorismo é o futuro, pois as habilidades empreendedoras são a mola propulsora para a melhoria na oferta de produtos e serviços de saúde e enfermagem, bem como na melhoria dos processos de trabalho nas instituições de saúde”, conclui.

Fonte: Ascom – Coren-PA.

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